Desde criança sempre gostei de dias nublados, e sempre preferi muito mais do que dias ensolarados e quentes. Algo nesses dias cinzas me ameniza a ansiedade e junto me traz uma sensação de paz.
Já perdi a conta de quantas vezes já parei de fumar. Maldito dia me que decidi descontar o estresse, frustração e vazio nesses enrolados de nicotina e fumo. De brinde veio a perda de fôlego, os dedos amarelados, os dentes apodrecendo, o mau hálito, o mau cheiro nas roupas, o rombo no bolso e claro, na saúde.
Mascar chiclete, mascar cravo, chupar balas... já não sei quantas táticas experimentei. Hoje é meu segundo dia sem fumar. Espero que eu consiga quebrar meu recorde de um mês.
Meu primeiro cigarro fumado foi aos 14 anos, ainda no ensino médio. Na época fumei por pura burrice adolescente, para se enturmar. Achei uma porcaria, quase vomitei e fiquei anos sem fumar. O ponto de virada foi quando comecei a trabalhar numa metalúrgica. Ambiente sujo, pesado, estressante, emprego ruim e rodeado de pessoas de caráter duvidoso. Encontrei no cigarro uma válvula de escape e claro, uma forma de socializar nas pausas para o café e almoço.
Primeiro cigarro que eu comprei
8 reais... hoje custa quase 14, loucura. Ao menos é um bom fator para eu parar de fumar esse lixo: além de ruim, é caro.
Atualização: 15/04/25 09:23 Infelizmente, recaída, como de se esperar. Comprei um cigarro paraguaio horrível, mas que matou a vontade do vício.